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"Você pode sonhar acordado, pode acordar de um sonho ou pode viver um sonho na realidade de nossas idéias e conceitos." Daniel Cavalcanti Fjorten MKT e Coaching

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Pai & Filho

A relação entre Pai e Filho é algo no mínimo interessante. Aos 7 dias do sétimo mês deste ano de 2011, minha primeira filha nasceu e como era de se esperar renovou nossa alegria e me surpreende todos os dias com coisas novas. Tenho aprendido muito com este pequeno ser dado por Deus para abençoar as nossas vidas. Mas como pode alguém tão pequeno e imaturo ensinar algo? O fato é que muitas vezes aprendemos mais com a convivência e com as situações desta relação do que com os ensinamentos falados ou escritos da outra parte da relação. Como possuo apenas 2 anos da casado, também tenho aprendido coisas valiosas com a minha esposa e com este agradável relacionamento. Aprendo nesta convivência com minha cônjuge e na minha relação com meus pais. Percebo algo intrigante sobre este convívio pós casamento entre Pai e Filho. O filho por ser prole, tem livre e irrestrito acesso a casa do Pai, sem ao menos necessitar comunicar que o visitará. O filho entra na casa de seu Pai e nem ao menos bate a porta, e chega e grita o nome de seu Pai, e o mesmo o recebe, feliz com um sorriso em seu rosto, um abraço terno e um alegre bem-vindo. Porém na contramão desta maneira voraz e intepestiva de acesso do filho o Pai nunca adentra à casa de seu filho sem antes bater na porta. O Pai apesar do livre acesso por onde quiser estar, Ele bate a porta e aguarda ansiosamente a recepção de seu filho. Ele muitas vezes avisa com antecedência que haverá uma visitação de sua parte. Pois o filho tem livre acesso, mas o Pai bate a porta para entrar. E nesse aprendizado com a minha filha eu percebo alguns detalhes interessantes da postura do filho e agora da postura paterna também. O filho quando recém-nascido, tudo quanto ele faz alegra ao seu Pai, pois ainda não há entendimento em si. O recém-nascido está sempre com um cheiro agradável e bem trajado, cuidados que o Pai tem com ele, o recém-nascido, e são cuidados realizados com zelo e carinho. Porém o papel do filho que acabará de nascer é "se sujar"! Soa estranho mas é algo que eu passei a perceber e provavelmente não é uma mentira. A criança como no papel de filho, não tem ainda neste relacionamento decisões que afetem sua posição inicial estabelecida pelo seu Pai. Como é isto? Bem se eu puser minha filha de barriga para cima deitada, muito provavelmente horas depois ela estará na mesma posição, pois é dependente para se locomover, ou tão simplesmente para alterar sua posição. E algo interessante é que o filho permanece sempre dormindo confortavelmente seguro em saber que o seu Pai está por perto. Interessante é perceber que existem dois motivos básicos que fazem este pequeno ser "reclamar", ou chamar a atenção de seu Pai. Um motivo é "a sujeira". Como antes mencionado um dos papéis do filho é se sujar. Uma das "reclamações" é exatamente a sujeira de suas fezes. A criança em tudo quanto for fazer, uma hora ou outra irá se sujar. Sabe-se que ela nem ao menos pode se "limpar sozinha". Então o papel do Pai é "limpar" o seu filho. O Pai ao menor sinal de seu filho corre ao seu encontro e logo procura saber a causa de seu intepestuoso importuno. Percebendo o Pai que o mesmo está sujo apressa-se para o limpar do seu mal. Mas o Pai tem este papel, porém Ele, o Pai, não o exerce de qualquer maneira, isto ocorre pelo fato do filho perceber que somente Ele, o Pai, pode o limpar. Se dessa forma não fosse o Pai não se manifestaria, pois o papel do filho é se sujar, mas compreender o seu papel é perceber que a limpeza não compete a ele. Desta forma ele, o filho se põe na posição de servo, de expectador daquilo que o Pai tão bem sabe fazer. O Pai toma seu filho em seu braços (o Pai nunca limpa o filho no lugar que ele se encontra), e o leva a um local seguro e limpo. O Pai põe o filho na posição e cabe ao filho permanecer na posição para que o seu protetor possa realizar sua obra. O Pai retira a sujeira e ainda põe no filho uma barreira para que esta não o machuque e o comprometa. Esta proteção impede que a sujeira provocada por ele mesmo, o filho, venha lhe causar assaduras e complicações, pois o Pai sabe que o papel do recém-nascido é se sujar, pois lhe falta entendimento.

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